Sete vítimas de deslizamentos são enterradas em Angra

Foram enterradas esta tarde sete vítimas dos desabamentos provocados pelas fortes chuvas que atingiram Angra dos Reis na virada do ano. Seis eram da mesma família. Todas moravam em casas na enseada da praia do Bananal, em Ilha Grande, e foram enterradas no cemitério Belém, em Angra.

Os mortos são Osmênio Arlindo Pereira, de 68 anos; sua mulher, Luciléa de Brito Pereira, de 52 anos; os filhos do casal, Leonardo de Brito Pereira, de 22 anos, e Leandro de Brito Pereira, de 18 anos; a filha do primeiro casamento de Osmênio, Cremilda de Jesus Pereira, de 42 anos; e a filha de Cremilda, Aline Pereira Brito, de 22 anos. Também foi enterrado um vizinho da família, Valci Brito dos Santos, de 54 anos.

Outra vítima, Gabriela Pereira de Brito, filha da Cremilda e irmã de Aline, foi levada para o Instituto Médico Legal (IML) do Rio de Janeiro e deve voltar para ser enterrada em Angra. Estão previstos para ocorrer, ainda hoje, outros dez sepultamentos no cemitério.

Muito emocionado durante os enterros, Ademir de Brito Pereira, de 30 anos, filho de Osmênio e Luciléa, falou com os jornalistas. Ele lamentou não ter conseguido salvar mais membros da família. Pereira morava em uma casa ao lado da residência de Osmênio.

Na madrugada do dia 1º, ouviu os barulhos da enxurrada e dos deslizamentos, que atingiram a casa do pai. Saiu de sua casa e tentou ajudar os parentes na casa ao lado. Conseguiu salvar uma irmã, identificada apenas como Lívia, e um cunhado, Batista – que era casado com Cremilda. Batista e Lívia estão internados no hospital municipal de Angra dos Reis. “Morava ali do lado. Ouvi um estrondo e saí correndo, mas só vi a casa sendo soterrada. Só consegui salvar minha irmã e meu cunhado”, lamentou.