A Confederação Nacional da Indústria lança amanhã um programa para tentar reduzir um dos grandes entraves para o crescimento do setor: a baixa escolaridade de seus funcionários. Dos 7,8 milhões de trabalhadores, 61% – o que corresponde a 4,8 milhões de pessoas – não completaram o ensino fundamental. Se no passado tal deficiência não era de grande relevância, o mesmo não se pode dizer dos dias atuais. ?Com incorporação de novas tecnologias há tendência de contratação de recursos com maior escolaridade?, afirma o diretor da CNI, Rafael Lucchesi. Para tentar reduzir essa lacuna, Sesi e Senai pretendem investir até 2010 em todo o País R$ 10,4 bilhões na educação básica e profissional.

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Os projetos foram desenhados ao longo dos últimos meses. A previsão é de que parceiros do sistema S também invistam. Além da exigência de maior escolaridade, a ação procura reduzir também deficiências regionais. Lucchesi observa que a atividade industrial, antes em grandes cidades, se interiorizou. ?Hoje temos pólo no interior e espalhados por vários Estados do País.

Se em grandes cidades o problema de capacitação já é considerável, o panorama piora em Estados menos desenvolvidos. Por isso, afirma o presidente da CNI, Armando Monteiro Neto, regiões mais carentes deverão receber atenção especial. Ele observa que tais medidas são importantes tanto para a população quanto para empregadores. ?Será uma ação integrada. O Sesi, preocupado em melhorar a escolaridade, e o Senai, concentrando esforços para capacitação dos profissionais?, disse. O programa pretende oferecer, nos próximos quatro anos, 16 milhões de matrículas.

Entre as metas previstas, está a promoção da conclusão do ensino fundamental de 40% da força de trabalho que hoje é analfabeta ou tem menos de oito anos de estudo – o que representa 1 milhão de trabalhadores. As ações também passam pela capacitação de professores, com oferta de bolsas de estudo para conclusão do ensino superior e para pós-graduação. Prevê ainda ações para facilitar a inclusão digital, como compra de computadores para laboratórios e para educadores. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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