Brasília – Servidores da educação superior decidiram nesta sexta-feira (15) manter a greve que já dura 19 dias. A categoria paralisou os trabalhos em 43 instituições federais de ensino superior. A decisão de manter a greve surgiu depois de uma reunião nesta sexta-feira com o secretário de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento, Duvainer Paiva.
O governo não apresentou soluções para os problemas apresentados, segundo o coordenador geral da Federação de Sindicatos de Trabalhadores de Universidades Brasileiras (Fasubra), Luiz Antônio de Araújo. Procurado pela Agência Brasil o secretário de Recursos Humanos do ministério não se manifestou sobre o assunto. A assessoria de comunicação do ministério informou que o secretário teve uma reunião com o ministro Paulo Bernardo e logo depois seguiria para uma viagem fora de Brasília.
Entre as reivindicações apresentadas a Fasubra destaca uma: a mudança no teto salarial. De acordo com dados da Fasubra, o teto hoje está em torno de R$ 701,98. Os servidores querem acrescentar a esta valor mais três salários mínimos. Eles alegam que há três anos a categoria não tem reajuste salarial. Além disso, eles lutam para que os hospitais universitários não sejam transformados em fundações estatais.
"Como a prioridade [do governo] é o pagamento de dívida, estrangulam-se os recursos existentes para ainda dividir com milhões de servidores. E pelo andar da carruagem, a greve está longe de ter fim", ressaltou. Cerca de 140 mil de pessoas aderiram à greve em todo país. Das 48 instituições federais, cinco ainda não aderiram a greve. Uma nova reunião com o secretário do Planejamento foi marcada para a próxima terça-feira (21). Até lá os servidores ainda continuam no movimento grevista.