Brasília – Vinte e dois funcionários da Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero) foram transferidos do Aeroporto de Juiz de Fora (MG) para o Aeroporto Regional da Zona da Mata, no município mineiro de Goianá, e estão há 15 dias ?sem ter o que fazer, jogando sinuca?, já que o terminal não está em operação nem tem previsão de começar a receber vôos.

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A denúncia é do deputado Júlio Delgado (PSB-MG), que diz ter entregado nesta quarta-feira (5) documentos ao relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Apagão Aéreo na Câmara, Marco Maia (PT-RS), e pedido investigação. ?Em um momento de crise aérea, os funcionários da Infraero estão obsoletos, inutilizados, fora de função. Vão para lá jogar sinuca, jogar bola e correr na pista porque a única coisa que não acontece lá é descer avião?.

Segundo Delgado, o aeroporto da Zona da Mata ?tem pista, mas não tem instrumento, controlador, não tem nada? e foi homologado pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) sem os equipamentos necessários para a operação, o que demandou a transferência da estrutura, vinda de Juiz de Fora.

O deputado afirmou que a Infraero deixou de administrar o Aeroporto de Juiz de Fora para assumir o da Zona da Mata, com transferência de material, equipamentos e recursos humanos. E que o terminal de Juiz de Fora ficou sob responsabilidade da prefeitura, que contratou uma empresa (Sinarte) para prestar serviços ao preço de R$ 2,7 milhões por um período de 60 meses, "sem licitação".

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Questionado sobre a ociosidade de servidores durante depoimento à CPI, o presidente da Infraero, Sérgio Gaudenzi, disse que a mudança foi feita antes que ele assumisse a estatal, mas que já determinou o retorno do pessoal a Juiz de Fora. ?Não há nenhum sentido em colocar funcionários em um lugar onde não tem avião, obra, nem nada, e que não terá durante algum tempo?, afirmou. Leia mais.