Os trabalhadores do Serviço Funerário da capital paulista decidiram retornar de maneira imediata ao trabalho, após quatro dias de greve, em cumprimento a uma decisão da Justiça. O Sindicato dos Trabalhadores na Administração Pública e Autarquia do Município de São Paulo (Sindsep) informou, entretanto, que dará continuidade à paralisação dos outros serviços municipais. O anúncio foi feito nesta tarde em entrevista à imprensa na sede do Sindsep, no centro da capital paulista, após assembleia dos trabalhadores.
Ontem, o desembargador David Haddad, do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), determinou que os funcionários do Serviço Funerário voltem ao trabalho imediatamente, sob pena de multa diária de R$ 60 mil por descumprimento. Haddad também determinou que não sejam deflagradas outras greves até que o dissídio seja julgado definitivamente. Os trabalhadores pedem um reajuste de 39%. A Prefeitura de São Paulo aceita conceder até 11%.
Em meio a greve de funcionários do Serviço Funerário, o prefeito Gilberto Kassab (sem partido) anunciou a contratação de 365 servidores para realizar sepultamentos e o transporte dos corpos. Ele autorizou a contratação em caráter emergencial de 100 coveiros e 35 motoristas, que trabalharão na autarquia durante o processo de concurso público. Posteriormente serão contratados outros 100 coveiros e 130 motoristas. Segundo a Secretaria Municipal de Serviços, serão feitos contratos individuais com os interessados pelo período de seis meses, que poderão ser renovados por mais seis meses.
