Serra sofre boicote do PMDB e de parte do PSDB em SC

Joinville – O candidato tucano à Presidência José Serra iniciou o roteiro catarinense do seu “super-sábado” sob boicote do PMDB e até de setores do próprio PSDB. O candidato da aliança Por Toda Santa Catarina (PMDB-PSDB) ao governo do Estado, o peemedebista Luiz Henrique da Silveira, não compareceu à programação de Serra em Joinville. Ele ficou magoado com o encontro que o candidato do PSDB teria no início da noite com o governador e candidato à reeleição Esperidião Amin (PPB) em Chapecó.

O candidato do PSDB ao Senado, Leonel Pavan, também ficou de fora. Os dois preferiram participar de compromissos no Litoral Norte do Estado. Luiz Henrique chegou a ser cotado para vice de Serra e deixou o cargo de prefeito de Joinville para concorrer ao governo estadual.

Serra acabou sendo recebido pelo presidente estadual do PSDB, Jacó Anderle, e pelo prefeito de Joinville, Marco Tebaldi, também tucano. Serra manteve a tranqüilidade. “Meu problema aqui é o excesso e não a falta de apoio. Mas não posso interferir em questões regionais. Tenho grande consideração por Luiz Henrique e continuarei tendo”, alegou o presidenciável pouco antes de embarcar para Chapecó, a outra cidade catarinense no seu roteiro de sábado. O prefeito Tebaldi foi lacônico. “Acho que Serra deveria ter feito como o Fernando Henrique em 1998: não veio. Para que entrar em dividida?”.

Serra chegou a Joinville, o maior colégio eleitoral de Santa Catarina, às 18h. O candidato discursou para uma palestra de cerca de 300 pessoas em um salão de festas localizado nas proximidades do aeroporto. Depois de ouvir reivindicações de dirigentes empresariais locais, Serra se dedicou a elogiar o modelo econômico catarinense, apontado com exemplo do País que “dá certo”, principalmente pelo superávit gerado pela exportações. “Empresário que cria emprego e que exporta será nosso parceiro”, disse.

Serra insistiu na tese de que o horário eleitoral gratuito tucano não está partindo para ataque contra o petista Luiz Inácio Lula da Silva. “Democracia não é democracia publicitária. Existe até exagero, eu até faria diferente, se fosse lei”, afirmou, garantindo que a população “precisa” saber quem vai escolher. “Ninguém vai viver de equipe. O presidente que tem que saber”, afirmou.

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