O senador oposicionista Sérgio Guerra (PSDB-PE) disse que está preocupado com a possibilidade de o governo repetir o esquema de "mensalão" no Senado para aprovar a prorrogação da cobrança da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) até 2011. "É importante que a discussão não resvale para um processo semelhante ao ‘mensalão’, que envolveu parlamentares da base aliada", afirmou Guerra.
"Não dá para usar dinheiro público ou dinheiro de qualquer espécie para decidir esta votação da CPMF", acrescentou Guerra. Segundo o senador do PSDB, os sinais de uso de recursos públicos e verbas atraentes para consolidar a base aliada no Senado "já são preocupantes". "Espero que o modelo até agora feito pelo governo de discutir com partidos, sem risco para o erário público e para reduzir a carga dos contribuintes, seja mantido", afirmou.
Segundo dados do Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi) do governo federal, sistematizados pela assessoria do DEM, o governo empenhou, nos primeiros 13 dias deste mês, um total de R$ 267,8 milhões das emendas ao Orçamento da União apresentadas pelas bancadas. Os oposicionistas comentam também que, para consolidar o apoio dos aliados, o governo deve promover nomeações de apadrinhados de senadores.