O ministro da Justiça e Cidadania, Alexandre de Moraes, afirmou nesta sexta-feira, 4, que vai ser avaliado eventual envolvimento de facções criminosas, como o Primeiro Comando da Capital (PCC), no esquema de tráfico de drogas alvo da Operação Cavalo Doido, deflagrada nesta mesma data pela Polícia Federal.

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“Vamos avaliar agora com as prisões (se tem envolvimento do PCC). Tem envolvimento do crime organizado, que o do Brasil tem muitos contatos com a criminalidade do Paraguai”, disse Moraes, após participar de um evento em comemoração aos 30 anos da Procuradoria-Geral do Município de São Paulo e de uma reunião fechada com o prefeito Fernando Haddad (PT).

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Um dos objetivos de operações como a desta sexta, reforçou o ministro, é evitar uma infiltração criminosa brasileira no Paraguai e vice-versa. “Vamos intensificar isso, tomar conta não é fazer um cordão de isolamento com policiais dando as mãos, são operações como essa e aumento de efetivo das fronteiras”, disse.

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O ministro destacou que a operação é um desdobramento do trabalho que começou quando assumiu o Ministério, em maio, e que vai resultar no lançamento de um plano nacional de segurança pública, até o fim de novembro. “Vamos fazer o acompanhamento e trocar informações para intensificar operações.” Ele frisou que o trabalho é conjunto entre Brasil e Paraguai e que essa cooperação vai ser intensificada.

Moraes disse ainda que uma reunião no dia 16 será realizada entre ministros do Brasil, Paraguai, Argentina, Uruguai, Chile e Bolívia para tratar de acordos de cooperação a serem assinados. “Vamos nos reunir para que possamos tratar de questões comuns, assinar novos tratados, mecanismos de operação para facilitar o combate ao narcotráfico, tráfico de armas, tráfico de pessoas e contrabando”, falou. Do Brasil, devem participar ele, o ministro das Relações Exteriores, José Serra, e o da Defesa, Raul Jungmann.