Sorocaba,SP (AE) – Depois de passar um dia e uma noite no cativeiro, numa barraca no meio de um canavial, em Tietê, na região de Sorocaba, um empresário de 74 anos foi solto pelos seqüestradores para providenciar o pagamento do próprio resgate.

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Eles exigiam uma quantia tão alta que apenas o empresário teria como conseguir o dinheiro. Para amedrontar a vítima, os bandidos alegaram pertencer à facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). Eles disseram que o matariam e a seus familiares, caso não recebessem o dinheiro. Solto, o empresário não procurou a polícia, levantou o dinheiro e pagou o resgate – o valor não foi divulgado.

O caso, ocorrido há duas semanas, terminaria assim, sem aparecer nas estatísticas policiais, se os bandidos não tivessem continuado com a extorsão. Eles exigiram uma nova quantia para não seqüestrar um neto do empresário. Depois de vários telefonemas e ameaças, o pai da criança decidiu procurar a polícia.

Policiais da Delegacia Anti-Seqüestro (DAS) de Sorocaba passaram a monitorar as ligações. Na noite de segunda-feira, com o auxílio de um rastreador, a equipe chegou a um telefone público, no bairro Altos do Tietê, no momento em que um bandido negociava com o filho do empresário. Três homens que, de um automóvel Santana, davam cobertura ao cúmplice, atiraram contra a viatura da Polícia Civil.

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No tiroteio, o bandido que usava o telefone foi atingido. Mesmo ferido, lutou com os policiais até ser dominado. Ele estava com uma pistola calibre 22. Os outros conseguiram fugir.