O senador Mário Couto (PSDB-PA) disse nesta quarta-feira (19) que vai defender que a bancada do PSDB entre na Justiça contra o economista Luiz Antonio Pagot, indicado pelo governo para o cargo de diretor-geral do Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (Dnit). Ele quer que a legenda exija que ele devolva aos cofres públicos o dinheiro que recebeu como salário na época em que foi funcionário do Senado. Segundo Couto, Pagot é acusado de ter sido funcionário do Senado entre 1995 e 2002 e, no mesmo período, ter atuado em uma empresa privada de navegação, a Hermasa.

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"A lei não permite esse tipo de acumulação", disse o senador. Couto disse que durante os anos em que exerceu essa dupla função Pagot recebeu cerca de R$ 428 mil do Senado. Se Pagot – que é apadrinhado do governador do Mato Grosso, Blairo Maggi (PPS) – for mesmo aprovado na votação que acontecerá ainda nesta quinta-feira, no plenário do Senado, Couto disse que vai defender que a bancada do PSDB entre na Justiça pedindo que ele devolva aos cofres públicos todo o dinheiro que recebeu como servidor da Casa.

Ontem, Couto apresentou um requerimento à mesa diretora do Senado solicitando o adiamento da votação, no plenário, da indicação de Pagot. A votação acabou sendo adiada por falta de quórum provocada pela obstrução do DEM e do PSDB. Couto disse que não cabem mais recursos regimentais e, por isso, a votação deve mesmo acontecer. "Pagot tem muitos amigos no Senado. Acho que a indicação dele será aprovada", comentou.

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