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Segundo Álvaro Dias, a auditoria do TCU "encontrou inúmeras irregularidades" na aplicação de verbas de patrocínio da CEF.

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O senador Álvaro Dias (PSDB-PR) disse nesta quarta-feira (22) que continua sem resposta o pedido de informações que encaminhou à Caixa Econômica Federal (CEF) sobre o uso de suas verbas de patrocínio. Segundo ele, a auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) "encontrou inúmeras irregularidades" na aplicação desses recursos, mas a Caixa, ao contrário do Banco do Brasil, ainda não o informou de nada. Os dados relativos ao Banco do Brasil mostram que o banco patrocinou o oitavo Congresso Nacional da CUT com R$ 500 mil e cedeu R$ 1,52 milhão para o Minas Tênis Clube de Belo Horizonte fazer melhorias em sua sede. Há ainda dinheiro do banco estatal para comemorar a posse de prefeitos e até para a confraternização de uma rede de supermercados.

Em discurso na tribuna, o senador culpou as nomeações políticas, "que fazem parte do aparelhamento do Estado", pelos desvios no usos das verbas de patrocínio. "É a utilização do Estado como ferramenta para alcançar objetivos políticos partidários e não podemos admitir que isso ocorra", alertou. O senador disse ter certeza que, por exemplo, no uso de verbas para ingressos do jogo do Brasil contra a Argentina houve "desvio de finalidade e má aplicação do dinheiro público".

Em resposta a Álvaro Dias, o Banco do Brasil informou que os contratos de patrocínio acertados com a CUT e com o Minas Tênis Clube de Belo Horizonte foram fechados tendo como base exclusivamente interesses comerciais da instituição. De acordo com o banco, em 2003 a instituição entrou no Minas Tênis em substituição ao BBV. O clube, de acordo com o banco, tinha a maior parte dos seus 75 mil associados pertencentes ao extrato da população de maior renda. O BB informou ainda que o patrocínio à CUT teve o mesmo espírito comercial.

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