Senador afirma que manobra faz governistas apoiar investigação

O senador Demóstenes Torres (DEM-GO) afirmou que a manobra "equivocada" de aliados do presidente do Senado, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), de devolver à Mesa Diretora o processo contra Renan terminou atraindo o bloco do governo para a corrente de parlamentares que querem levar a investigação até o fim. No processo, que tramitava no Conselho de Ética do Senado e foi devolvido à Mesa, Calheiros é acusado de quebrar o decoro ao aceitar que pagamentos de pensão a uma filha sua fossem feitos por um lobista de uma empreiteira.

Demóstenes Torres relatou ter recebido do senador Aloizio Mercadante (PT-SP), hoje de manhã, a informação de que o bloco governista divulgará logo mais uma nota oficial defendendo a continuidade, no Conselho de Ética, da investigação sobre Calheiros. "O bloco do governo, que estava resistente, e setores do PMDB já estão conosco. Parece que a resistência (contra o engavetamento do processo) surtiu efeito", afirmou Torres.

Sobre a reunião que a Mesa Diretora do Senado está fazendo neste momento, Torres disse que os dois senadores do DEM – Cesar Borges (BA) e Efraim Morais (PB) – se comprometeram com o partido a rebater qualquer manobra da Mesa e trabalhar para que o processo seja devolvido ao Conselho.

Para Torres, o principal prejudicado com a estratégia de defesa de Calheiros, é o próprio presidente do Senado. "O que houve é que se tentou agir na base da truculência, e isso foi péssimo. E hoje, mesmo os aliados de antes querem levar a investigação adiante. Não se trata de nenhum favor, mas sim da obrigação de quem foi eleito", concluiu Demóstenes Torres.

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