A Mesa Diretora do Senado decidiu nesta terça-feira (23) suspender temporariamente a análise da sexta representação contra o presidente licenciado da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), até que o Conselho de Ética examine as outras representações em tramitação. Nesta denúncia, Renan Calheiros é acusado de ter apresentado proposta de emenda ao Orçamento Geral da União para favorecer uma empresa fantasma cujo titular seria um ex-assessor de seu gabinete. Pela emenda, a empresa fantasma teria sede em Murici, em Alagoas, e as obras seriam executadas em convênio com a Fundação Nacional de Saúde (Funasa).
Na votação do caso, três senadores foram favoráveis à suspensão – César Borges (PR-BA), Tião Viana (PT-AC) e Magno Malta (PR-ES) -, dois foram favoráveis ao arquivamento da representação – Papaléo Paes (PSDB-AP) e Efraim Moraes (DEM-PB) – e outros dois se posicionaram a favor do encaminhamento da representação ao Conselho de Ética – Gerson Camata (PMDB-ES) e Álvaro Dias (PSDB-PR). "Essas representações estão se transformando em rotina e são baseadas em notícias de jornais", afirmou César Borges. Ele disse que não adianta encaminhar representações uma vez que o Conselho de Ética já está com um grande número de processos em tramitação.