Brasília – O ministro da Educação, Tarso Genro, será convocado pela Comissão de Educação do Senado para falar sobre a intenção do governo de privilegiar os estudante que cursaram medicina em Cuba. O pedido de convocação será apresentado nos próximos dias pelo líder do PFL no Senado, José Agripino Maia (PI). O governo negocia esse reconhecimento sem as exigências impostas a formandos de outros países.
O PFL também vai questionar a intenção de tratamento diferenciado a esses médicos para atender a pressões feitas por integrantes do PT, PC do B e ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST), que selecionaram os estudantes e defendem a validação automática.
Os pefelistas também consideram estranha a posição da comissão criada pelo Ministério da Educação para analisar a questão de adotar critérios genéricos, beneficiando médicos recém-formados fora do País. Na quarta-feira, Tarso Genro disse à reportagem que o assunto tem de ser decidido o quanto antes, para atender aos primeiros 40 formandos que estão prestes a retornar ao País.
Agripino Maia afirmou que se os argumentos do ministro sobre a validação dos diplomas não convencerem, a bancada do PFL vai apresentar uma proposta barrando qualquer medida de favoritismo da parte do governo, "em favor de Cuba ou de qualquer outro país".
"É o Brasil entrando na contramão mais uma vez", alegou o líder. "Estamos diante de um viés ideológico, de um favorecimento indesejável, só falta agora afirmarem que quem tiver carteirinha do PT será promovido automaticamente, estando ou não preparado."
O líder questionou o tipo de critério que poderia favorecer os estudantes de Cuba em relação aos que concluíram o curso de medicina em escolas de primeiro nível, nos Estados Unidos, França, Inglaterra ou em outro países, tidas como excelentes. "E a única resposta possível é que um assunto dessa natureza está sendo conduzido de forma ideologizada.