Campo Grande (AE) – Sem terra, coordenados pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST), bloquearam ontem uma rodovia, invadiram e entregaram uma pauta nacional de reivindicações no Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), em Campo Grande. O superintendente regional do Incra no Mato Grosso do Sul, Luiz Carlos Bonelli, prometeu estudar as reivindicações e marcar reuniões para discutir item por item.
Os sem terra também promoveram ocupação na Bahia. A fazenda São Mateus, no município de Araçás, a 100 quilômetros de Salvador, foi invadida por 150 famílias ligadas ao Movimento de Luta pela Terra (MLT), uma dissidência do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
Em Pernambuco, integrantes do MST interditaram ontem, três rodovias federais, por mais de quatro horas, nos municípios de Quipapá, Vicência e Gameleira. Eles reivindicavam agilidade no processo de reforma agrária e os protestos incluíram ocupação de agências dos bancos do Nordeste e do Brasil, e das sedes do Incra nas cidades de Petrolina e Buíque. Também foi saqueado um caminhão carregado de alimentos.
A sede do Incra em Fortaleza (CE) também foi ocupada por mil e duzentos sem terra. Sem prazo para deixar o prédio, eles exigem o cumprimento do plano nacional de reforma agrária, a desapropriação de 27 áreas, a renegociação das dívidas e a liberação de obras de infra-estrutura para os assentamentos.
Em Sergipe, o movimento organizou o bloqueio da BR-101, próximo ao município de Estância, a 73 quilômetros de Aracaju, por duas horas. A série de atos faz parte da Jornada Nacional de Luta, liderada pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
