Sem-terra chegam a São Paulo após cinco dias de marcha

Os sem-terra que integram a Marcha Estadual de Campinas a São Paulo, iniciada na quinta-feira em Campinas, entraram no quilômetro 15 da pista sul da Rodovia Anhanguera no início da manhã de hoje e devem chegar ao estádio do Pacaembu, em São Paulo, por volta de 11 horas, segundo informou a coordenação do protesto. A manifestação organizada pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) e Via Campesina tem o objetivo de chamar a atenção das autoridades para a reforma agrária e protesta também contra a exploração da classe trabalhadora, o aumento do desemprego como efeito da crise econômica mundial e a criminalização da luta social.

De acordo com Kelli Mafort, da coordenação nacional do MST, os manifestantes começaram a se mobilizar ainda na madrugada de hoje para deixar Osasco, quarta parada da marcha, à qual os sem-terra chegaram de ônibus, ontem. “Depois de caminhar 23 quilômetros de Campinas a Vinhedo na quinta, 22 quilômetros de Vinhedo a Jundiaí na sexta, e 21 quilômetros de Jundiaí a Jordanésia no sábado, instituímos um dia de descanso e os marchantes foram levados de ônibus de Jordanésia a Osasco, ontem, e até a rodovia, hoje”, explicou Kelli.

De acordo com ela, os sem-terra ficam alojados hoje no estádio e definem como vão se distribuir até sexta-feira, para quando está programado um protesto com outras organizações de classe na Avenida Paulista, na região central da capital paulista. O protesto foi intitulado de Marcha Estadual de Campinas a São Paulo Maria Cícera Neves, após o movimento perder a agricultora Maria Cícera, de 58 anos, atropelada por um caminhão no quilômetro 79 da pista sul da Rodovia Anhanguera, na chegada a Vinhedo.

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