Ninguém preso, ninguém acusado formalmente pela Procuradoria da República, nenhum réu. Um ano depois, o dossiê Vedoin – trama contra políticos do PSDB – está sob análise do Supremo Tribunal Federal (STF). A montanha de dinheiro – R$ 1,75 milhão em dólares e em reais, que na madrugada de 15 de setembro de 2006 a Polícia Federal flagrou nas mãos de um grupo de petistas, a quem o presidente Lula chamou de aloprados – permanece depositada no Banco Central e na Caixa Econômica Federal.
O inquérito chegou ao STF há quase 7 meses, com manifestação do procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, que em 7 páginas requereu a exclusão de Aloizio Mercadante do rol de indiciados, porque não viu nenhum vestígio contra o senador do PT, e o retorno dos autos à Justiça Federal de Mato Grosso.
O STF reconheceu, por unanimidade, que Mercadante não teve envolvimento com o dossiê Vedoin e o inocentou. Mas os autos continuam na corte máxima do Judiciário. Gilmar Mendes, ministro disse que nos próximos dias o caso deverá sair do STF. Sem o inquérito que preside, o delegado Diógenes Curado, da PF de Cuiabá, não pode tomar algumas providências que considera necessárias, como o indiciamento de laranjas.
O dossiê Vedoin nasceu de outro escândalo, a máfia dos sanguessugas, que mantinha ramificações no Congresso, no Ministério da Saúde e em mais de 70 prefeituras de 8 Estados. A PF aponta o empresário Luiz Antonio Vedoin e seu pai, Darci, como os líderes da organização que teria sangrado em R$ 55 milhões o Tesouro por meio da venda de ambulâncias superfaturadas.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo