Com bens e contas bancárias bloqueados desde setembro, a Renascer em Cristo acumula dificuldades financeiras para manter o pequeno império que construiu em 25 anos de existência.
Nos últimos 15 dias, a denominação evangélica demitiu 94 funcionários de quatro empresas ligadas ao grupo: a Fundação Renascer, Fundação Trindade, Igreja Renascer-Sede e Igreja Renascer-Regional. Bispos e pastores receberam a orientação de aumentar a meta de arrecadação de dízimos, solicitando doações adicionais de R$ 1 mil.
A maior parte das demissões atingiu funcionários que cumpriam expediente na produção de programas gravados diariamente na Rede Gospel de Televisão. A reportagem teve acesso à lista dos demitidos – motoristas, recepcionistas, operadores, produtores, radialistas, repórteres e locutores.
O departamento de Recursos Humanos da empresa não informa quando serão pagas as verbas rescisórias – mas alguns de seus funcionários avisam que deve demorar, porque a ?Igreja está em processo de falência?.
A crise financeira da Renascer não apenas é assunto tratado abertamente em seus templos como aos poucos vai se transformando em mais um mote de campanha de arrecadação.
Registrada como entidade filantrópica – o que lhe garante isenção de impostos -, a Igreja tem estrutura empresarial que obriga seus líderes a cumprir metas de arrecadação entre os fiéis, calculadas a partir da média de cada região.