Sem acordo, a greve dos funcionários dos Correios vai continuar. A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) e a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect) tinham até o meio-dia desta quinta-feira (17) para manifestarem suas respostas à proposta sugerida pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST), na terça-feira, determinando o pagamento definitivo de uma gratificação de 30% aos carteiros, a serem calculados sobre o salário-base de cada um e pagos proporcionalmente às horas trabalhadas em serviços de coleta e entrega. Além do pagamento de 50% dos dias parados, o TST sugeriu na proposta a proibição de demissões pelo prazo de 60 dias, a partir de 18 de julho.
Após reunião que durou mais de dez horas entre as diretorias das entidades, na quarta-feira (16), na sede da ECT, nada foi resolvido e nesta quinta tanto a Fentect quanto a ECT apresentaram contrapropostas ao TST em resposta à proposta sugerida. O ministro do TST, Rider Nogueira de Brito, deve avaliar as contrapropostas e se pronuncia até esta sexta-feira (18). A greve teve início em 1º de julho.
De acordo com a assessoria de imprensa do TST, a ECT pediu ao Tribunal que conceda uma liminar determinando a suspensão da greve ou manutenção de 70% do efetivo, sob pena de multa diária no valor de R$ 100 mil. Até que Brito se manifeste, vale a decisão anterior que exige 50% dos funcionários trabalhando, sob pena de multa diária de R$ 30 mil.
A assessoria de imprensa da Fentect informou que não foi possível negociar com a ECT, pois não houve acordo em relação ao pagamento dos dias não trabalhados nem sobre a revogação do Plano de Carreiras, Cargos e Salários (PCCS), implantado em 1º de julho. O plano permite demissão por baixa produtividade.