Depois de resgatar a sexta vítima nos escombros das obras da Linha 4-Amarela do Metrô, as autoridades e o próprio Instituto Médico Legal (IML) confirmaram se tratar do corpo do agente ambiental Márcio Rodrigues Alambert, de 31 anos. Às 3h de ontem, a equipe de resgate do Corpo de Bombeiros considerou que as buscas chegaram ao fim.
Porém, os bombeiros aguardam uma posição da Polícia Civil de São Paulo sobre o paradeiro de Cícero Augustinho da Silva, de 58 anos, a suposta sétima vítima e que estaria desaparecido desde sexta-feira da semana passada, quando aconteceu o acidente. ?Não há indícios suficientes para acreditarmos que ele esteja mesmo ali. Em São Paulo há registros de cerca de 60 desaparecidos todos os dias?, explicou o coronel João dos Santos de Souza, que comandou as equipes de resgate.
O delegado-geral de Polícia Civil, Mário Jordão, confirmou que existe o registro do desaparecimento de Silva e informou que a polícia está trabalhando em duas frentes, em conjunto com o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa e a delegacia que investiga pessoas desaparecidas. ?Ele teria desaparecido entre 13 e 17 horas, compatível com o acidente. O que estamos fazendo é uma reconstituição de todos os passos de Silva, ouvindo familiares, testemunhas?, declarou. A última vez que o contínuo foi visto foi por volta das 13h saindo de uma lotérica em Perdizes, na zona oeste da capital paulista, onde ele mora e tudo que se sabe é que ele seguia para Pinheiros – local do acidente.
Na madrugada de ontem foram retirados os destroços do microônibus. O soterramento destruiu completamente o veículo. O que sobrou da carcaça foi apenas a parte inferior e alguns bancos. O teto ficou completamente retorcido, e até precisou ser cortado, assim como muitas outras partes do microônibus, que foram cerradas durante a operação de resgate.
No microônibus foram localizados quatro das seis vítimas do desabamento. O motorista Reinaldo Aparecido Leite, de 40 anos; o cobrador Wescley Adriano da Silva, 22; a bacharel em Direito, Valéria Marmit, 37, e o agente ambiental Márcio Alambert, 31. As outras duas vítimas do desabamento nas obras da futura Estação Pinheiros do Metrô são: o motorista Francisco Sabino Torres, de 47 anos, que trabalhava no Consórcio Via Amarela, e a aposentada Abigail Rossi de Azevedo, de 75 anos, que voltava de uma consulta médica quando aconteceu a tragédia.