Seis processados por fraudes no Pará

Belém – O juiz substituto da Vara Federal de Santarém, Fabiano Verli, acolheu denúncia de quatro procuradores da República no Pará contra seis envolvidos na suposta venda irregular de 4,7 milhões de hectares de terras no município de Altamira, no sudoeste do Pará. O empresário Roberto Beltrão de Almeida, um dos dirigentes do Grupo CR Almeida, o engenheiro civil José Rodolfo de Morais, procurador do mesmo grupo; os comerciantes Sebastião Lúcio de Oliveira, Carlos Alberto Melo de Oliveira e Humberto Esteves Melo de Oliveira, além da cartorária Eugênia Silva de Freitas foram acusados de falsidade ideológica e sonegação de impostos.

A transação imobiliária entre o Grupo CR Almeida e a família Oliveira, feita em 1995, envolveu uma área maior que vários países da Europa e superior aos estados brasileiros de Sergipe e Alagoas juntos. A acusação é dos procuradores federais no Pará Felício Pontes Júnior, José Augusto Potiguar, André Menezes e Ubiratan Cazetta.

O juiz Fabiano Verli também determinou a quebra do sigilo fiscal dos indiciados Carlos Alberto Melo de Oliveira, Humberto Esteves Melo de Oliveira e Sebastião Lúcio de Oliveira, mas recusou um pedido de Roberto Beltrão de Almeida, irmão do megaempresário Cecílio do Rego Almeida, para a suspensão do processo criminal. Cecílio do Rêgo Almeida, líder do grupo que leva seu nome, foi excluído da denúncia dos promotores por ter mais de 70 anos. O prazo para denunciá-lo à Justiça prescreveu em 2001. O MPF, porém, não tem dúvidas de que o empresário também praticou falsidade ideológica, pois tinha conhecimento de que as terras que estava comprando eram produto de fraude.

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