Seis homens foram presos como suspeitos de participar da série de ataques a ônibus, carros, motos, torres de telefonia e prédios públicos de Fortaleza e do interior cearense. Os crimes ocorreram entre a noite de sábado, 24, e a madrugada deste domingo, 25, e deixaram ao menos três pessoas mortas – que estariam envolvidas nos ataques, de acordo com a polícia.

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Uma das principais hipóteses para a onda de violência é que facções criminosas querem intimidar o governo cearense para impedir a instalação de bloqueadores de celular em presídios do Estado.

Em Fortaleza, cinco ônibus foram incendiados. A frota foi recolhida no início da noite de sábado e só voltou a circular em comboio e com escolta policial. O prefeito Roberto Cláudio (PDT) condenou o que chamou de “atos de vandalismo”. Ele disse ainda que está somando “todos os esforços entre os órgãos da Prefeitura, Governo do Estado e organismos do Poder Judiciário”.

Os bandidos também atearam fogo em prédios públicos. As sedes das Secretarias Executivas Regionais 3 e 4 foram atingidas por bombas caseiras (de coquetel molotov). O prédio do Juizado Especial Cível e Criminal, no bairro Itaperi, foi atacado a tiros de madrugada. Duas antenas de telefonia foram danificadas no bairro Jardim Iracema e na Avenida Maestro Lisboa, no bairro José de Alencar.

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No interior, aconteceram ataques em Cascavel, Caucaia e Sobral. Em Cascavel, bandidos tocaram fogo em um depósito de veículos apreendidos, atingindo cerca de 50 carros e motos. Em Sobral, a 240 quilômetros de Fortaleza, o prédio da Coordenadoria Integrada de Operações de Segurança (Ciops) também foi atacado. Em Caucaia, um ônibus foi incendiado.

Histórico

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No dia 10 de março, três ataques deixaram sete mortos e quatro feridos em diferentes pontos do bairro Benfica, de Fortaleza. Segundo investigações iniciais, os possíveis motivos seriam tráfico de droga e conflito entre torcidas organizadas. Ainda em março, três mulheres foram torturadas, mortas e decapitadas na cidade.

Também neste ano, em janeiro, uma chacina deixou 14 mortos e 18 feridos na capital cearense. Segundo a mãe de uma das vítimas, o ataque já era anunciado desde o ano passado.