A Justiça Militar condenou nesta quinta-feira (17) seis controladores de vôo acusados de terem paralisado, em março de 2007, a operação no Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego de Manaus (Cindacta-4), afetando todo o sistema aéreo brasileiro. O processo corria desde o ano passado e o advogado do grupo, João Thomas Luchsinger, vai recorrer.
A sentença do juiz José Barroso Filho condena a penas que variam de 2 meses a 2 anos de prisão os terceiros-sargentos Wilson de Alencar Aragão, Walber Souza Oliveira, Daniel Tavares de Lima, Lizandro Henrique de Souza Koyama, Michael Rosenfeld de Paula Rodrigues e Alex Gonçalves de Sá. Em agosto do ano passado, o Conselho Permanente de Justiça da Aeronáutica revogou a prisão preventiva do sétimo controlador acusado de participar do motim, o primeiro-sargento Rivelino Barbosa de Paiva.
“Depois de todo o caos que se instalou no Brasil desde aquela época, com toda a falta de condições de trabalho com a qual continuamos a trabalhar na torre, vem agora essa injustiça”, desabafou um dos sargentos condenados, que não quis ser identificado. Cinco dos sargentos tiveram penas maiores, por terem dado entrevistas divulgando seus nomes, embora neguem algumas informações publicadas.
No dia do motim, os controladores paralisaram as operações da torre de controle no Aeroporto Internacional Eduardo Gomes e, ao mesmo tempo, divulgaram cartas criticando os horários de trabalho. Entre outras reclamações, colocavam o fato de terem a responsabilidade de controlar até 20 aviões em vôo por hora, sendo que o número máximo, de acordo com regras internacionais de aviação, é de 14.