A defesa da estudante Geisy Arruda afirmou hoje, em comunicado, que um segurança da Universidade Bandeirantes (Uniban) repreendeu a aluna quando já estava formado um tumulto por causa do vestido que ela usou para ir à faculdade. De acordo com a nota, que detalha o depoimento feito ontem pela aluna na Delegacia da Mulher, “quando o segurança chegou até a sala de Geisy, ao invés de conter a turba que tentava invadir a sala de aula, dirigiu-se à mesma e a repreendeu aos gritos, ‘dando-lhe lição de moral’. Neste momento seus colegas de classe a defenderam e houve sim uma discussão entre os colegas de Geisy e o tal segurança”.
No dia 22 de outubro, Geisy foi hostilizada pelos colegas dentro da universidade em São Bernardo do Campo, no Grande ABC paulista, por usar um vestido curto para ir à aula. Segundo o advogado Nehemias Melo, por conta da censura, o tumulto aumentou, porque o grupo que estava do lado de fora da sala de aula percebeu que “o segurança estava contra a Geisy e, por conseguinte, ao lado deles, o que tornava a impunidade uma certeza”.
Ao contrário do que diz o advogado da Uniban, a ação do funcionário “não isenta a universidade de responsabilidade, mas a contrário, reafirma sua responsabilidade, pois seu corpo de segurança deveria ter agido para conter o tumulto e dispersar os alunos que se aglomeravam nos corredores e, ao revés disso, o segurança se juntou aos bárbaros para dirigir impropérios à vítima”, conclui a nota.