Segurança confessa saque da Skymaster

Brasília (AE) – Em depoimento à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Correios, ontem, o segurança Francisco Marques Carioca confirmou ter sacado R$ 1,036 milhão de contas da empresa de transporte aéreo Skymaster – que tinha contrato com a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) -, no período de fevereiro de 2000 a julho de 2001.

Carioca disse que fez os saques a pedido do advogado da companhia, Marcos Pinto e, segundo ele, recebeu 50 reais por operação. ?Há uma coincidência de datas impressionante entre os saques feitos por Francisco Marques e contratos fechados pela Skymaster com os Correios. Isso reforça a idéia de que alguém recebeu propina?, afirmou o deputado José Eduardo Martins Cardozo (PT-SP), sub-relator de Contratos da CPI. Cardozo citou como coincidências datas de saque e a dispensa de licitação pelos Correios, em junho de 2001, que beneficiou a Skymaster. Segundo ele, a dispensa da concorrência pública para o transporte aéreo dos Correios ocorreu em 26 de junho de 2001 e, nos dias 27 e 28, foram sacados cerca de R$ 200 mil da conta da Skymaster numa agência do Bradesco em Manaus. Logo após o depoimento do segurança, a CPI aprovou, na sessão de ontem, a convocação de Marcos Pinto, em caráter de urgência, para terça-feira.

PT ameaça com relatório paralelo

Brasília (AE) – A bancada do PT na Comissão Parlamentar Mista de
Inquérito (CPMI) dos Correios ameaça apresentar um relatório paralelo
ao texto final do relator, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), com as
conclusões do esquema de corrupção operado pelo empresário Marcos
Valério Fernandes de Souza. A informação é do deputado Carlos Abicalil
(PT-MT), um dos encarregados de elaborar o documento com as
contestações ao parecer de Serraglio. Uma das reivindicações da bancada
do partido é que os tucanos sejam incluídos no relatório final, que só
deverá ficar pronto em fevereiro, no esquema de Valério.

A oposição teme que o parecer paralelo da legenda transforme a CPMI
em pizza. ?Temos o direito de manifestar a nossa opinião e, por isso,
podemos apresentar destaques, complementos ou até mesmo um substitutivo
ao relatório. Temos o direito de repelir tudo aquilo que não
concordamos?, disse ontem Abicalil.

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