O segundo suplente do senador Edison Lobão, Remi Ribeiro (PMDB-MA), que deve assumir a vaga deixada pelo novo ministro de Minas e Energia – já que o primeiro suplente, Edison Lobão Filho vai se licenciar para responder às acusações de uso de laranjas – chega ao Senado com fantasmas do passado assombrando sua posse. Presidente em exercício do PMDB no Maranhão, Ribeiro foi denunciado pelo Ministério Público, depois de ser indiciado pela Polícia Federal, por crime de responsabilidade e peculato. Ele é um dos alvos de uma acusação de apropriação indébita de recursos públicos na Prefeitura de São Bento (MA), onde foi tesoureiro. A denúncia mostra que entre 1989 e 1992 teriam ocorrido desvio de dinheiro e fraudes em licitações na prefeitura. O inquérito concluído em 2005 apontou 10 pessoas como beneficiárias do esquema, entre elas, Ribeiro.
Procurado ontem, Ribeiro não foi localizado, mas ele já afirmou para aliados que quer evitar que sua vida seja devassada. Uma das maiores preocupações seria a exploração de episódios que ele considera passados. O principal é uma acusação envolvendo sua ex-mulher em que ele foi absolvido, no ano passado, pela Justiça mas que até hoje lhe rende problemas. Ribeiro foi denunciado na polícia pela ex-mulher por ter supostamente violentado uma filha que ela teve em outro casamento. Em dezembro, Ribeiro foi absolvido por falta de provas.