Segundo procuradora, houve superfaturamento em Congonhas

A procuradora da República em São Paulo Suzana Fairbanks Lima de Oliveira afirmou nesta terça-feira (7), em depoimento à CPI do Apagão no Senado, que pelas investigações do Ministério Público houve mesmo superfaturamento na compra dos 12 fingers – ponte de embarque – do Aeroporto de Congonhas, assunto já levantado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) em relatórios preliminares. Segundo Suzana cada finger custaria R$ 630 mil, mas a Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero) orçou a unidade a R$ 2 2 milhões cada.

Ela informou ainda que as investigações do Ministério Público deixam claro que desde 2004, quando foi iniciada a primeira obra de modernização do Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, a preocupação da Infraero tem sido a de aumentar o fluxo de passageiros sem levar em conta a segurança do local. "Tanto é assim, que as obras de 2004 não incluíram nenhuma melhoria na pista principal nem na torre de controle", afirmou.

Os procuradores da República, José Ricardo Meirelles, de Campinas (SP), e Hélio Telho Corrêa Filho, de Goiás, também prestaram depoimento na CPI. Os três procuradores confirmaram dados do TCU que apontam irregularidades em obras nos aeroportos de Goiânia, Viracopos, em Campinas, e Congonhas. Entre as irregularidades mencionadas estão aditivos acima do percentual permitido por Lei (25%) e licitação dirigida.

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