Segundo Múcio, discussões sobre reforma política devem ser retomadas neste ano

Brasília – O governo deve retomar, neste ano, as discussões sobre a reforma política, afirmou o ministro da Secretaria de Relações Institucionais, José Múcio Monteiro, após a reunião ministerial realizada nesta quarta-feira (23) no Palácio do Planalto. ?Marcamos uma agenda com os presidentes de partidos para voltarmos a questão da reforma política que todos reclamam que no ano passado não conseguimos evoluir?, disse.

Múcio reafirmou que, em fevereiro, o governo envia ao Congresso Nacional a proposta da reforma tributária. Segundo ele, por ?precaução? será realizada antes uma reunião do Conselho Político para apresentar novamente a reforma aos presidentes de partidos e líderes da base aliada e ouvir sugestões.

O líder do governo na Câmara, Henrique Fontana, que também participou da reunião ministerial, afirmou que a reforma tributária não deve se transformar em nova disputa entre governo e oposição: ?Que não repitamos o embate governo e oposição para discutir a nova estrutura tributária do país, porque se trata de uma proposta de emenda à Constituição, que tem de ser negociada com todos os partidos?.

Sobre relação com a oposição, Múcio afirmou ser necessária a melhoria da articulação política. ?Temos de conversar com todo mundo, precisamos acabar com essa história de que quem é contra ser inimigo. Muitas vezes, o adversário serve para somar, até para dizer em que precisamos melhorar e estreitar relações?, destacou.

O ministro, no entanto, afirmou que o aumento de tributos, como o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), para compensar a extinção da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) não foi discutida na reunião.

A reunião, realizada no Palácio do Planalto, durou cerca de cinco horas e teve a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, 37 ministros e também o vice-presidente, José Alencar, e os líderes do governo na Câmara, Henrique Fontana (PT-RS), e no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR). O presidente do Banco Central, Henrique Meireles, esteve em parte do encontro.

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