As polícias Civil e Militar do Rio mataram 819 pessoas em supostos confrontos de janeiro a julho deste ano, segundo a estatística oficial divulgada hoje pelo Instituto de Segurança Pública (ISP) do Estado. A média para os sete meses foi de 3,8 vítimas por dia. O número representa aumento de 5,7% (44 registros a mais) em relação ao mesmo período do ano passado. A comparação de julho deste ano (62 casos), com o mesmo mês de 2007, mostra uma redução de 23,5%, com 19 vítimas a menos.
Em números absolutos, é o segundo mês consecutivo de queda dos chamados autos de resistência (nome oficial para homicídios cometidos por policiais em alegados confrontos com criminosos), após aumento progressivo de casos na gestão do governador Sérgio Cabral (PMDB). Houve 147 registros em maio deste ano, recorde no Estado, depois 105 em junho, e 62 no sétimo mês do ano.
“O período de janeiro a julho de 2008 totalizou o menor número de vítimas de homicídios dolosos em toda a série histórica, desde 1991. É importante registrar que o acumulado do ano apresentou o maior número de vítimas no delito lesão corporal culposa no trânsito em toda a série histórica, desde 1997”, disse o ISP, por meio de nota.
Segundo o ISP, foram feitas 11 apreensões de crianças/adolescentes a mais em relação a julho de 2007, aumento de 7,6%. Na comparação dos sete primeiros meses, houve redução de 2,2%, com 24 apreensões a menos em relação ao ano passado. Dos 33 crimes avaliados pelo ISP, 17 apresentaram queda, em 15 foram registrados aumento e em um teve a mesma incidência de 2007.
Quanto aos homicídios dolosos, houve redução de 9,6% (menos 44 vítimas) em relação a julho de 2007. Nos sete primeiros meses de 2008 foram 3.272 vítimas, ante 3.592 no mesmo período de 2007: queda de 8,9%. Já os casos de latrocínio (roubo seguido de morte) aumentaram 110,0% (11 vítimas a mais) na comparação com julho de 2007.
Nos sete primeiros meses de 2008 houve 128 vítimas, ante 99 no mesmo período de 2007, aumento de 29,3%. Os roubos a transeuntes também aumentaram: 30,5% em relação a julho de 2007 (mais 1.384 vítimas), e 18,9% no acumulado dos sete primeiros meses, com 6.231 vítimas a mais em 2008.