Segundo EPE, mudança da tarifa de Itaipu puniria o consumidor

O presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, defendeu a manutenção das condições atuais do Tratado de Itaipu, que está sendo questionado pelo presidente eleito do Paraguai, Fernando Lugo. "Para construir o Mercosul, é preciso respeitar os contratos e os acordos entre os países", disse o executivo, após participar do Fórum Projeto Brasil, realizado em São Paulo. "O tratado de Itaipu é um instrumento legítimo, que foi aprovado pelos Congressos do Brasil e do Paraguai", acrescentou.

Tolmasquim defendeu a manutenção das tarifas da hidrelétrica binacional. Segundo ele, não seria justo aumentar o preço da energia na conta de luz do consumidor brasileiro só para transferir mais recursos para o Paraguai. "Não haveria outra saída a não ser aumentar a conta de luz para o consumidor brasileiro e isso não seria justo", afirmou o presidente da EPE.

Outro argumento citado pelo presidente da EPE para não modificar as tarifas atuais é que o Brasil ainda precisa pagar a dívida que contraiu para construir a hidrelétrica. Tolmasquim disse que a usina foi construída apenas com recursos do Tesouro brasileiro. "O projeto custou US$ 12 bilhões, sendo que o Paraguai só entrou com US$ 50 milhões, que foram financiados pelo Banco do Brasil. Ou seja, houve um endividamento do Tesouro Nacional e da Eletrobrás.

Tolmasquim reconheceu que o Brasil, por ser o país mais desenvolvido da região, possui responsabilidades juntos aos países vizinhos. "Mas isso não deve ser confundido e a energia de Itaipu não deve ser utilizada como uma simples forma de mais transferência de recursos", afirmou o presidente da EPE.

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