O diretor geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), José Alexandre Resende, disse nesta terça-feira (12) que as empresas que arremataram os sete lotes de rodovias federais leiloados em outubro do ano passado deverão investir cerca de R$ 500 milhões na execução dos chamados trabalhos iniciais, como tapa-buracos e reparos na sinalização.
Somente após a execução desses serviços é que as novas concessionárias poderão começar a cobrar pedágio nas rodovias. As regras da concessão prevêem que as empresas têm prazo de até seis meses para concluir os trabalhos iniciais.
O presidente da BR Vias e o ex-ministro do Planejamento Martus Tavares, disse que a empresa pretende concluir antes desse prazo os serviços iniciais, mas não revelou em quanto tempo. "Nossa orientação é para concluir os trabalhos antes do prazo regulamentar, mas isso depende de vários fatores, como a chuva", comentou.
Tavares disse que a BR Vias deverá investir R$ 160 milhões já no primeiro ano de concessão. O consórcio arrematou no leilão o direito de operar o trecho paulista da BR-153, conhecida como Transbrasiliana. Ao longo dos 25 anos de concessão, os investimentos na rodovia chegarão a R$ 800 milhões, estima o executivo.
Tanto a BR Vias como a OHL, que assinaram hoje, na sede da ANTT, os atos de outorga das concessões, vão começar os trabalhos nas pistas tão logo seja publicado no Diário Oficial da União os extratos do contrato de concessão.
A expectativa é que os contratos sejam assinados amanhã, no Palácio do Planalto, com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Se a previsão for confirmada, os extratos devem ser publicados no Diário Oficial até sexta-feira (dia 15). "Estamos nos preparando para, antes da próxima segunda-feira, colocar nossas equipes nas estradas", disse o presidente da OHL Brasil, José Carlos Ferreira de Oliveira Filho.