O vice-presidente técnico da companhia Gol, David Barioni, informou nesta quinta-feira (9) que os pilotos da empresa têm treinamento especializado para fazer pousos e decolagens em pistas curtas e estão autorizados a decidir não pousar ou até trocar de aeroporto em casos de chuva forte. Durante teleconferência com analistas para comentar os resultados do segundo trimestre do ano, Barioni afirmou ainda que a empresa não opera no Aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo, com o reverso travado em dias de chuva.
Segundo ele, essa decisão foi tomada pela empresa há mais de três anos e não tem nada haver com o acidente da TAM, ocorrido no último dia 17, em Congonhas. "Somos muito conservadores no que diz respeito a itens pendentes em manutenção de acordo com as condições da pista", afirmou.
Em apresentação sobre o crescente movimento de Congonhas, que segundo ele responde por uma faixa entre 20% e 25% da demanda do transporte aéreo do País, o executivo citou os aeroportos de Viracopos, em Campinas, São José dos Campos, Jundiaí e Sorocaba, todos no interior paulista, como alternativas para desafogar o principal aeroporto de São Paulo. Segundo ele, a empresa tem flexibilidade para atender às mudanças exigidas pelo governo. "Entre julho e agosto, já transferimos 11 vôos diários para Guarulhos e tivemos outros 12 vôos diários temporariamente cancelados.