Secretário de Segurança do Rio quer expulsar quem antecipou ação na Rocinha

O secretário de Segurança Pública do Rio, José Mariano Beltrame, disse nesta sexta-feira (3) que o vazamento de informações "prejudicou muito" o trabalho da polícia durante a operação feita ontem na favela da Rocinha, na zona sul da cidade. Ele se reuniu com os comandantes da operação e pediu empenho na identificação dos culpados, para expulsá-los da corporação. "É um problema inadmissível. Essa pessoa colocou em risco o sucesso e a vida de centenas de policiais e cidadãos por causa de uma atitude covarde. Vou perseguir a autoria e expulsar essas pessoas da corporação", disse Beltrame.

Segundo ele, foram "seis meses de investigação jogados fora", já que a casa que funcionaria como paiol do tráfico estava vazia quando a polícia chegou. Beltrame, no entanto, disse ter inteira confiança no serviço de inteligência. "Não foi a inteligência que vazou, foi na ponta". Nesta sexta-feira à tarde, ele se reuniu com os comandantes da operação para saber como e quando as informações foram passadas à tropa.

O secretário passou a manhã na Assembléia Legislativa do Rio, onde foi ouvido na CPI que investiga as circunstância das mortes de policiais no Estado. Desde o início do ano, 66 foram mortos. O comandante da Polícia Militar, Ubiratan Ângelo, que acompanhava o secretário, disse que assumiram o Estado numa situação de confronto, mas que agora as mortes estão diminuindo. "Janeiro e fevereiro foram meses marcados pelo confronto, só pudemos colocar a nossa política de segurança depois, antes estávamos reagindo aos ataques dos bandidos", explicou Ângelo.

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