O novo secretário de Segurança Pública de São Paulo, Fernando Grella Vieira, assumiu na manhã de hoje a pasta no Palácio dos Bandeirante e afirmou que defenderá os policiais.
“As instituições policiais terão em mim o primeiro aliado na defesa permanente das carreiras policiais do Estado de São Paulo”, disse.
Em seu discurso, Grella também elogiou a gestão de Antônio Ferreira Pinto, à frente da secretaria por quase sete anos. “Sua seriedade e competência são inquestionáveis. Cumprimento pela enorme capacidade de trabalho já demonstrado”, afirmou.
O novo secretário disse ainda que vai aplicar inovações no programa de segurança estadual, utilizando a transparência e destacará a integração da atuação entre as polícias Militar, Civil e Científica.
Grella foi procurador-geral do Ministério Público por quatro anos, órgão ao qual pertence desde 1984.
Nomeado chefe da Promotoria pelo ex-governador José Serra em 2008 e reconduzido ao cargo em 2010, é conhecido por ser discreto e técnico. “Um diplomata do Ministério Público”, disse Serra a aliados, no fim de sua gestão.
Foi exatamente a fama de conciliador que pesou para que Alckmin o convidasse para o cargo. O governador aposta em Grella para contornar o descontentamento de parte da Polícia Civil e fazer a corporação reassumir os trabalhos de inteligência e combate ao crime organizado.
Uma das principais missões do novo secretário é fazer com que a setores da Polícia Civil voltem a investigar, controlar o que até o governo chama de “excessos da Polícia Militar” e melhorar o diálogo de sua pasta com entidades da sociedade civil.
Também espera que ele consiga melhorar a imagem das polícias junto à opinião pública, graças à interlocução que acumulou com entidades da sociedade civil ao longo da carreira. O novo secretário, dizem aliados, não é dado a polêmicas.
Grella também recebeu a incumbência de botar uma “focinheira” na PM -o termo está sendo usado dentro do Palácio dos Bandeirantes. Alckmin teme que seu governo passe para a história como truculento e letal.