Brasília ? O secretário estadual de Agricultura de Goiás, Roberto Balestra, afirmou que o estado poderá lucrar com a decisão dos países da União Européia, por exemplo, de suspender a importação de carne bovina do Mato Grosso do Sul (MS) e de estados vizinhos como o Paraná (PR) e São Paulo (SP).

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"Hoje o mercado internacional não se sustenta sem a carne brasileira, e Goiás, por ser o terceiro maior produtor de carne do Brasil e por ter cumprido o ?dever de casa? durante dez anos, pode fazer o incremento de sua produção e comercialização", disse Balestra.

O secretário participou da reunião no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, que tratou das medidas adotadas em relação ao surgimento de um foco de febre aftosa no município de Eldorado no MS.

Balestra cobrou a liberação de recursos federais para o estado, para serem investidos na área de defesa sanitária. "Este ano não recebemos nada do governo federal. Existe um recurso previsto de R$ 2,6 milhões que aguardamos que sejam liberados. Esperamos que essa liberação aconteça logo", disse ele.

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Segundo o diretor técnico da Agência Goiana de Defesa Agropecuária, Igino Carvalho, que também participou da reunião, o estado de Goiás não fechou as divisas proibindo a entrada de gado vindo do Mato Grosso do Sul, mas apenas da região onde foco da febre aftosa foi detectado.

"Goiás não fechou a importação de animais do MS, mas intensificou o controle que já é feito rotineiramente. Colocamos mais fiscalização móvel e mais gente nos postos fixos", contou Carvalho.

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Durante a reunião, o secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Gabriel Maciel, disse considerar precipitada a decisão de 15 estados brasileiros e do Distrito Federal de impor algum tipo de barreira à entrada de bois vivos, carne processada ou derivados vindos do Mato Grosso do Sul. Na segunda-feira, foi detectado o foco de febre aftosa no município de Eldorado (MS).