Secretário da Rio+20 pede que acordos sejam cumpridos

O chinês Sha Zukang, secretário-geral da Rio+20, está no Brasil para definir questões logísticas da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, que será realizada na cidade em junho, e respondeu hoje (6) a uma pergunta sobre a polêmica mudança no Código Florestal brasileiro, em discussão no Congresso.

“Essa floresta (amazônica) pertence ao Brasil. Isso é muito claro. O Brasil exerce sua soberania. Mas os países também precisam levar em conta o fato de que estamos todos no mesmo planeta”, comentou Zukang, esquivando-se de opinar diretamente sobre questão interna do anfitrião da Rio+20.

Apesar de percalços como o número insuficiente de vagas em hotéis de luxo e os preços considerados extorsivos, representantes da ONU relatam satisfação com o empenho do governo federal na organização da conferência.

Zukang voltou a exortar a sociedade civil a cobrar e pressionar os governos para que compromissos já firmados e nunca cumpridos sejam finalmente implementados. “Já falamos muito. Nosso trabalho não é falar, é agir”, declarou. “O que aconteceu com todos os documentos que produzimos até aqui? Eles são maravilhosos. Mas a implementação está muito longe de acontecer e o mundo está se tornando cada vez mais insustentável”.

Zukang reafirmou que ainda não há consenso sobre a proposta de criação de uma agência ambiental da ONU nos moldes da Organização Mundial do Comércio (OMC), defendida por países europeus. O secretário-geral deve ficar no País até o dia 10 e terá compromissos no Rio e em Brasília, entre eles uma audiência no Senado.

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