O secretário da Segurança Pública e Defesa Social do Ceará, André Costa, afirmou que a chacina na festa de forró na periferia de Fortaleza foi um evento isolado. “No mundo todo, tem situações em que se matam 50 pessoas, 60 pessoas em boates. É uma situação criminosa que foi organizada, que foi planejada e que veio a ser executada”, disse em coletiva de imprensa neste sábado. O massacre deixou 14 pessoas mortas e seis feridos.
Costa negou estar havendo perda de controle do Estado com relação às facções criminosas no Ceará e comparou o episódio a situações como as que ocorrem em outros países, como os Estados Unidos.
“Não é que haja perda de controle. São ações que acontecem inclusive em outros países, como os Estados Unidos. São situações que pessoas entram em um local, tem tiroteio e se mata dezenas de pessoas. É difícil evitar e a população sabe. Mas também tem situações que a inteligência se antecipa e evita e, como evita, não vira notícia. Mas, infelizmente, veio esse fato hoje, que não se conseguiu evitar”, declarou o secretário.
A festa acontecia na casa noturna Forró do Gago, localizada na Rua Madre Tereza de Calcutá, 172, bairro Cajazeiras. Segundo fontes não oficiais, estava sendo promovida por integrantes da facção criminosa Comando Vermelho (CV), umas das que comandam os presídios e que dominam o tráfico de drogas no Ceará.
O secretário informou que foram 14 mortos e seis feridos. Dos 14 mortos, sete foram identificados; sendo três homens, duas mulheres e dois menores.
Com relação aos autores e a motivação da chacina, ele disse que não pode antecipar nada ainda. “A gente está trabalhando. Vamos dar a resposta que a sociedade merece”, afirmou.