O secretário municipal do Verde e do Meio Ambiente de São Paulo, Gilberto Natalini, disse que “herdou” da gestão Fernando Haddad (PT) o termo de compromisso ambiental (TCA) que permitiu usar jardins verticais para compensar corte de árvores na cidade e “melhorou” o acordo ao transferir o projeto para o muro verde da Avenida 23 de Maio.
“Essa foi uma situação herdada e não criada por nós. O que fizemos foi transferir os jardins de paredes privadas para um muro público, da 23 de Maio. Isso é uma diferença brutal. Além disso, nós ampliamos o prazo em que a empresa ficará responsável pela manutenção do muro de seis meses, na gestão passada, para quase quatro anos”, afirma.
No ano passado, Natalini, então vereador, foi relator da CPI da Compensação Ambiental na Câmara Municipal, que criticou a prática adotada por Haddad e propôs alteração na lei. Agora, na Prefeitura, ele disse que seria “muito difícil” alterar o TCA para que os R$ 9,7 milhões fossem investidos no plantio de árvores.
“Poderíamos comprar uma briga e a empresa questionar isso na Justiça”, diz. Ele afirmou que criou um grupo de estudo para analisar alterações na lei de compensação, mas não garantiu a proibição da prática. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.