Belo Horizonte (AE) – A Superintendência de Epidemiologia da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais confirmou no final da tarde de hoje a existência de um surto de malária às margens do rio Tejuco, na região do Triângulo Mineiro. De acordo com a secretaria, já foram confirmados 11 casos da doença na divisa entre os municípios de Prata e Monte Alegre de Minas. Não há ocorrência de mortes.

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Dos casos confirmados, oito são de malária por Plasmodium vivax, considerada a forma mais branda. Os outros três foram causados pelo protozoário Plasmodium falciparum, considerada a variação mais severa.

A suspeita dos técnicos da vigilância epidemiológica é que um garimpeiro oriundo do Pará, diagnosticado com a doença em Monte Alegre, tenha originado a transmissão. Dos 11 casos confirmados, nove são autóctones e um ainda apresenta origem indeterminada.

Para o coordenador de Zoonoses da Secretaria de Saúde, Francisco Lemos, o aumento do número de casos é resultado das ações de vigilância epidemiológica e da "busca ativa de casos". O órgão orienta as pessoas que estiveram na região do surto e apresentarem sintomas a procurar um médico. Os sintomas mais comuns da malária são febre alta, dor de cabeça, mialgia (dor no corpo) e calafrios.

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Conforme dados da Superintendência de Epidemiologia, neste ano, já foram confirmados um total de 38 casos da doença em Minas Gerais . Em 2004 foram 166 casos de malária no Estado, sendo dois deles autóctones. Não houve registro de mortes.