A Secretaria de Saúde de São Paulo divulgou um alerta para a possibilidade de aumento no número de casos de caxumba no Estado durante o inverno.
De acordo com a pasta, no ano passado, o número de casos da doença entre junho e setembro –os meses mais frios do ano– chegou a 89, enquanto em todos os outros meses o total de casos foi de 75.
Apesar do alerta, o número de casos da doença tem caído nos últimos anos. Antes dos 164 casos registrados pela secretaria em 2011, a pasta registrou 415 (2010), 662 (2009) e 3.360 (2008). Nos seis primeiros meses de 2012, já foram 40 casos de caxumba em todo o Estado.
A caxumba é caracterizada por febre alta, aumento das glândulas salivares próximas ao ouvido e causa dificuldade para mastigar ou salivar, com inchaço no rosto. Quando os sintomas forem percebidos, deve-se procurar um médico para evitar as complicações mais graves.
A secretaria alerta que, se não tratada corretamente, a caxumba pode provocar quadros mais complicados e causar meningite e surdez. A doença também pode provocar a orquite, que é a inflamação dolorosa nos testículos, ou a ooforite nos ovários, com riscos de causar esterilidade em ambos sexos.
O tratamento é feito com analgésicos, anti-inflamatórios e repouso.
A vacina contra caxumba é parte da tríplice viral, usada para imunizar contra caxumba, sarampo e rubéola e disponível gratuitamente no SUS (Sistema Único de Saúde). Deve ser tomada em duas doses –a primeira aos 12 meses de vida e a segunda aos quatro anos de idade.
Além da imunização pela vacina, recomenda-se cobrir a boca ao tossir e espirrar, além de ficar em locais mais arejado. Altamente contagiosa, a doença é transmitida por meio da saliva, espirro ou tosse.