A estiagem que atinge o Acre começa a trazer riscos para o abastecimento no Estado devido à queda no nível das águas do Rio Madeira, que fica localizado em Rondônia. Combustível, bebidas e gêneros alimentícios chegam ao Acre por meio da BR-364. Vindo de Rondônia, as mercadorias precisam atravessar o Rio Madeira por meio de uma balsa. No entanto, com a seca, a embarcação tem encalhado em bancos de areia ao longo da travessia.

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Há relatos de caminhoneiros informando que a travessia tem demorado mais de cinco horas e que a fila de veículos dos dois lados do rio tem ficado extensa nos últimos dias. Segundo Evandro Ferreira, pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa-Ac) e do Parque Zoobotânico da Universidade Federal do Acre (UFAC), a seca deste ano no Estado é tão severa quanto à registrada em 2005, e isso tem contribuído para o aumento do número de focos de incêndio.

“Dados da estação meteorológica do INMET (Instituto Nacional de Meteorologia) instalada em Rio Branco confirmam que em 2010 a estiagem na região da capital entre o início de janeiro e o dia 24 de agosto é tão severa quanto à verificada em igual período no ano de 2005”. O pesquisador do Inpa ressalta outro dado preocupante: este ano choveu em apenas 83 dias, enquanto 2005 teve 88 dias chuvosos.

O Instituto de Meio Ambiente do Acre (IMAC) recebeu nesta semana a confirmação de que o Ministério da Defesa autorizou que os homens do Exército auxiliem o governo do Estado no combate às queimadas. De acordo com o órgão, serão 36 homens, sendo que 20 atuaram em Rio Branco, 8 em Epitaciolândia e 8 em Plácido de Castro.

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