Após dar estimativas para início da vacinação contra covid-19 que variavam de março, dezembro, janeiro ou fevereiro, o Ministério da Saúde informou na terça-feira (29) que planeja iniciar a estratégia no país entre os dias 20 de janeiro e 10 de fevereiro. Segundo o secretário-executivo da pasta, Elcio Franco, a previsão considera três margens de datas.
“Na melhor hipótese, nós estaríamos começando a vacinação a partir do dia 20 de janeiro. Num prazo médio, entre 20 de janeiro e 10 de fevereiro, e no prazo mais longo a partir de 10 de fevereiro”, informou.
Franco, no entanto, ressaltou que a medida deve depender de “uma série de fatores, inclusive logística”. O principal, porém, seria os laboratórios obterem autorização na Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
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“Nós precisamos que os fabricantes obtenham o registro junto à Anvisa, e que eles entreguem doses suficientes para que sejam distribuídas. Se o distribuidor obter o registro e eventualmente não tiver dose suficiente para para distribuir… entenda: o Ministério da Saúde enquanto Ministério da Saúde tem feito a sua parte, fizemos o plano [nacional de imunização], estamos com a operacionalização pronta, nos preparando para esse grande dia, mas precisamos que os laboratórios solicitem o registro”, afirmou o secretário de vigilância em saúde, Arnaldo Medeiros.
A declaração ocorre em meio a críticas de demora da pasta na negociação de doses da vacinas contra a covid-19 e na previsão para início da vacinação.
Vacinação em outros países
Em todo o mundo, mais de 4 milhões de doses de vacinas já foram aplicadas em diversos países. O Reino Unido foi o primeiro a começar a sua campanha vacinação, e já aplicou mais de 800 mil doses.
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Nos Estados Unidos, a campanha, que teve início no dia 14 de dezembro, já foram aplicadas mais de 2 milhões de doses até a última segunda-feira (28). Na América Latina, Chile, México, Costa Rica e Argentina já iniciaram suas campanhas de vacinação.
Acordos para a compra
O Brasil possui acordo para, até o momento, 142,9 milhões de doses, sendo 100,4 milhões pelo acordo com a Universidade de Oxford/AstraZeneca e mais 42,5 milhões pelo Covax Facility. Mais 160 milhões de doses devem ser produzidas pela Fiocruz no segundo semestre de 2021.
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O país negocia com a Pfizer/BioNTech a compra de mais 70 milhões de doses, mas a farmacêutica tem previsão de entrega de no máximo 8,5 milhões de doses ainda em 2021. O governo afirmou que deve incluir outros laboratórios nos acordos, entre eles a fabricante Sinovac, que desenvolve vacina em parceria com o Instituto Butantan, de São Paulo, a Sputnik V, do governo russo, a empresa de biotecnologia indiana Bharat Biotech, e a Janssen-Cilag, braço farmacêutico da Johnson & Johnson.
Até o momento, a previsão para chegada das primeiras doses da vacina da Oxford é dia 8 de fevereiro, equivalente a 1 milhão de doses. O governo de São Paulo pretende iniciar a vacinação no dia 25 de janeiro, com as 10 milhões de doses já em território brasileiro da Coronavac, a vacina da Sinovac.