Brasília (ABr) – Postos de saúde de todo o Brasil estão em alerta para realizar a vacinação contra rubéola e evitar o surto da doença, que já foi detectada no Rio de Janeiro e em Minas Gerais. As capitais dos dois estados foram as que apresentaram maior número de casos, juntamente com as cidades de Niterói (RJ) e Contagem (MG). No total, foram confirmados 739 casos em 23 municípios fluminenses e 33 mineiros.
De acordo com o coordenador-geral de Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Ricardo Marins, a principal suspeita é que a doença tenha sido trazida por algum estrangeiro assintomático, ou seja, que tinha a doença, mas sem manifestar nenhum sintoma. Esse vírus circula na Europa, e muitos países não realizam a vacinação.
Marins disse que o fato de o vírus não se manifestar em alguns indivíduos é o que mais dificulta o combate, à doença. Segundo ele, estima-se que 25% dos indivíduos são assintomáticos. Essas pessoas podem disseminar o vírus sem saber. Por isso a nossa preocupação, porque, como são estados que recebem muitos turistas, especialmente o Rio de Janeiro, as pessoas podem voltar para suas cidades e começar outro surto, disse.
Os primeiros casos de rubéola foram detectados em julho deste ano. Além da campanha de vacinação, cartazes foram espalhados nos aeroportos, portos e rodoviárias com informações sobre a doença. No entanto, com as festas de fim de ano e férias, as medidas foram ampliadas.
A recomendação é a vacinação adequada. As crianças devem estar vacinadas. A criança, no seu primeiro ano de vida, deve tomar uma dose e depois na idade pré-escolar. Os adultos e adolescentes, que não tomaram essas vacinas, também devem tomar uma dose para poder se proteger, afirmou.
A rubéola é transmitida pelo ar, e os principais sintomas são febre, manchas avermelhadas pelo corpo e inchaço nos gânglios. A doença apresenta grandes riscos para mulheres grávidas.