O Ministério da Saúde afirmou hoje, em nota, que não há circulação do vírus de sarampo em território nacional e, por esse motivo, a doença ainda é considerada eliminada no País. Já foram confirmados dois casos de sarampo no Rio Grande do Sul e três no Pará. No entanto, o ministério explica que as evidências apontam que as vítimas foram infectadas em outro país ou por estrangeiros que vieram ao Brasil. “São casos isolados, importados, que foram imediatamente detectados pela vigilância em saúde brasileira.”
De acordo com o ministério, o Brasil interrompeu a circulação autóctone do sarampo em 2000. “A presença de casos importados é esperada pela vigilância em saúde, mesmo após a eliminação do vírus no Brasil, devido ao grande fluxo de pessoas que vêm de países onde a doença ainda existe, como alguns países da Europa, da Ásia e da África”, consta na nota.
O comunicado explica que nos três casos do Pará confirmados no início do mês, o vírus é “similar aos dos surtos registrados na Inglaterra, na França, na Itália e na Holanda”. Os pacientes são três irmãos que não foram vacinados contra a doença.
Já os pacientes gaúchos, dois irmãos de 11 e 12 anos, estiveram com a família em Buenos Aires de 22 a 28 de julho. “Nesse período, foram confirmados na capital da Argentina três casos de sarampo em pessoas que relataram viagem recente à África do Sul, segundo o Ministério da Saúde do país vizinho”. A família das crianças, de acordo com a nota, informou que os meninos não foram vacinados por serem alérgicos a ovo.
Ainda conforme o Ministério da Saúde, em nenhum outro Estado foi detectado caso suspeito de sarampo. Além disso, alega a pasta, “a vacinação contra a doença faz parte do calendário de rotina da criança, com cobertura vacinal acima de 99%, o que assegura uma proteção contra a reintrodução da doença no País”.