Ferido ao tentar apagar o fogo na base brasileira na Antártida, o sargento Luciano Gomes de Medeiros, de 45 anos, voltou para casa na noite de ontem. O militar recebeu alta médica após uma semana internado no Hospital Naval Marcílio Dias, no subúrbio do Rio, tratando de queimaduras de segundo grau nas mãos.

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A volta do militar para casa, após quase um ano cumprindo a missão na Antártida, emocionou a família. Luciano Medeiros retornou no dia do aniversário de 15 anos da filha Mayara. “Ela não sabia da alta e estava triste por ter que passar o aniversário longe dele. Foi um presente para todos nós ele ter voltado”, contou a filha mais velha, Thais Medeiros, de 24 anos.

Segundo ela, o militar se recupera bem dos ferimentos. A orientação é para que ele fique em repouso e em ambiente refrigerado, para evitar a ocorrência de infecções nas queimaduras. “Acho que em casa a recuperação vai ser mais rápida. Logo ele vai voltar ao trabalho, mas acho que agora ele deve ficar mais perto da gente”, confessou Thais. O sargento queimou as mãos ao ajudar a debelar o incêndio que destruiu a base militar e causou a morte dos oficiais Carlos Alberto Vieira Figueiredo e Roberto Lopes dos Santos. Os corpos dos militares ainda estão no Instituto Médico Legal (IML) do Rio de Janeiro e só serão liberados após a conclusão de exames de DNA.

A morte dos colegas ainda comove Luciano Medeiros, que está sendo acompanhado por psicólogos da Marinha. A família recebeu orientação para evitar que as visitas falem sobre o assunto. “Estamos querendo preservá-lo, vamos deixar que ele fale sobre isso naturalmente. Ele sente muito pela perda dos dois amigos”, afirmou Márcia Medeiros, mulher do sargento.

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