A cidade de São Sebastião, no litoral norte de São Paulo, prepara-se para receber os 18 estudantes universitários que morreram em um acidente na noite desta quarta-feira, 8, na Rodovia Mogi-Bertioga, após o ônibus em que estavam perder o controle, invadir a pista contrária e chocar-se contra um rochedo, por volta das 23h30. Ao menos 46 universitários viajavam no ônibus.
O enterro das vítimas será realizado em três bairros diferentes: Juqueí, onde deverão ser sepultados 11 corpos; Barra do Una, 4; e Boiçucanga, 2. O prefeito Ernane Primazzi (PSC) decretou luto oficial por três dias. Todas as aulas da rede pública municipal foram suspensas, assim com eventos, festas e inaugurações.
Primazzi afirmou que a prefeitura enviou a Bertioga e Guarujá, para onde os sobreviventes e vítimas fatais foram encaminhados, uma equipe com psicólogos e assistentes sociais. Um médico legista também foi direcionado para auxiliar no Instituto Médico Legal (IML) do Guarujá, já que o órgão dispõe de apenas um profissional.
O prefeito solicitou ao governador Geraldo Alckmin (PSDB) apoio para vagas em hospitais estaduais e um helicóptero Águia, da Polícia Militar, de prontidão, para o caso de transferências de vítimas em estado grave. Psicólogos estarão à disposição dos estudantes sobreviventes. Ao menos 632 universitários utilizam os ônibus da empresa União do Litoral para se dirigirem às faculdades de Mogi das Cruzes, São José dos Campos, Taubaté e Caraguatatuba.
Vítimas
Até as 14h desta quinta-feira, 9, a lista oficial com os nomes das vítimas fatais ainda não havia sido divulgada. A movimentação no IML do Guarujá, para onde foram enviados os corpos, é intensa desde as primeiras horas da manhã. Até o início desta tarde, foram identificados por parentes os corpos de Guilherme Mendonça Oliveira, de 19 anos; Daniel Oliveira Damásio, de 25, Gabriela Oliveira Santos, de 22; Damião Braz, de 33; e Rita de Cássia Alves de Lima, de 19.
Durante toda a madrugada, diversos parentes e amigos seguiram para a Rodovia Mogi-Bertioga em busca de informações. “Ninguém informa nada. Não sei se meu primo foi levado para Mogi das Cruzes ou Bertioga. Nem sei se está vivo ou morto”, queixou-se Eduardo Lima Alves, de 26.