A taxa de desemprego total na Região Metropolitana de São Paulo passou de 19,7% em julho, para 20% da População Economicamente Ativa (PEA) em agosto, a maior taxa já registrada na região desde o mês de agosto de 1985. Já o rendimento médio registrado na região em julho (R$ 898) é o pior para o mês desde 1993.
Os dados foram divulgados na manhã de ontem e fazem parte da Pesquisa de Emprego e Desemprego na Região Metropolitana de São Paulo, apurada em conjunto pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade) e pelo Departamento Intersindical de Estatística e estudos Sócio-Econômicos (Dieese).
Esse aumento percentual representa um acréscimo de 35 mil pessoas no contingente de desempregados, que decorreu da eliminação de 8 mil ocupações, simultaneamente ao ingresso de 27 mil pessoas na força de trabalho regional.
De acordo com resultados do estudo, em agosto, 1,969 milhão pessoas estavam desempregadas na Região Metropolitana. O acréscimo observado na taxa de desemprego total é motivado, segundo a pesquisa, pela elevação da taxa do desemprego aberto que passou de 12,7% em julho para 12,9% em agosto, resultando em 1,270 milhão de pessoas sem trabalho.
Segundo atributos pessoais, destacou-se o crescimento da taxa de desemprego total para os homens (3,0%), os chefes de domicílio (2,5%) e as pessoas de 18 a 24 anos (1,7%). Em relação a agosto de 2002, o crescimento de 9,3% da taxa de desemprego total resultou do aumento para todos os segmentos populacionais analisados, com destaque para os chefes de domicílio (16,0%), as pessoas de 18 a 24 anos (13,4%), as de 40 anos e mais (12,7%) e as mulheres (10,3%).
O nível de ocupação manteve-se relativamente estável (-0,1%), interrompendo o desempenho favorável dos quatro meses anteriores. Em agosto, a indústria apresentou diminuição de 72 mil postos, praticamente contrabalançado pelo crescimento do emprego nos serviços (50 mil postos) e no Comércio (14 mil).
Nos últimos doze meses, ocorreu um aumento no número de desempregados na Região Metropolitana de São Paulo em 196 mil pessoas.