São Paulo perde posição de cidade mais cara do continente para Caracas

São Paulo é a segunda cidade mais cara da América do Sul e a 45ª com maior custo de vida no mundo, revela um estudo publicado na terça-feira (18). A capital paulista, logo à frente do Rio de Janeiro (46ª), perde apenas para Caracas (37ª) no ranking das 71 cidades com os preços mais elevados.

Segundo a classificação estabelecida pelo banco suíço UBS, que realizou uma vasta pesquisa baseada em preços de consumo, salário por horas de trabalho e poder aquisitivo em diversas cidades dos cinco continentes, São Paulo ficou mais barata nos últimos anos. No estudo original, publicado no segundo semestre de 2006, a maior cidade brasileira era também a mais cara do continente sul-americano, ocupando a 42ª colocação (o Rio era a 43ª), posto agora delegado à capital venezuelana.

A notícia positiva para os paulistanos não atinge as campeãs dos preços altos, Oslo (1ª), Copenhague (2ª) e Londres (3ª), que continuam as três cidades mais caras para se viver. Na lista atualizada de 2008, figuram ainda Dublin, Zurique, Estocolmo, Helsinque, Genebra, Paris e Viena, nessa ordem. Tóquio, sete posições mais barata, ocupa o 12º lugar.

No mesmo caminho da capital japonesa, Nova York — cujos preços foram tomados como base para a pesquisa — teve uma incrível queda de posições na lista, passando da sétima para a 18ª colocação. A queda nos preços se justifica pela desvalorização do dólar, que fez cair também o custo de vida em outras cidades norte-americanas frente aos requisitos da pesquisa.

No caminho inverso, Dublin viu uma acentuada escalada de preços nos últimos anos. Se em 2006 era a oitava cidade mais cara, agora ocupa a quarta colocação. A vizinha Londres também ficou 26% mais cara. De fato, as cidades européias, quase todas capitais, dominam o ranking das dez mais caras.

América Latina

Caracas é a grande campeã dos preços altos no continente latino-americano. A capital subiu dez posições, até se situar próximo aos níveis de Lisboa (35ª), Cingapura (36ª) e Moscou (38ª), principalmente por causa da inflação elevada, que ganhou peso no governo de Hugo Chávez.

Segundo os dados, entre a primeira pesquisa e sua atualização de agora, a inflação venezuelana subiu 37%, impulsionada pelo contraste dos avanços econômicos (gerados a partir do petróleo) com a moeda fraca e os investimentos estrangeiros reduzidos.

Além de São Paulo e Rio de janeiro, outras cidades latino-americanas citadas no ranking são Santiago do Chile (50ª), Bogotá (53ª), Cidade do México (59ª), Lima (66ª) e Buenos Aires (70ª). A capital portenha ficou em uma posição mais barata em relação a 2006 e agora é a cidade latino-americana com os preços mais baixos entre as 71 classificadas.

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