São Paulo (AE) – Chegaram ao fim na manhã de ontem as últimas duas rebeliões iniciadas na tarde de sexta-feira por detentos das penitenciárias de Mirandópolis, Araraquara e Itirapina. O motim de Mirandópolis havia sido controlado na tarde de sexta-feira, mas os presos de Araraquara e Itirapina permaneceram rebelados durante toda a noite.
A tropa de choque da Polícia Militar invadiu a penitenciária de Araraquara por volta das 7 horas do sábado e pôs fim à rebelião, iniciada por volta das 13 horas da sexta-feira. Em Itirapina, o motim foi encerrado às 11h. Ao todo, 19 reféns foram libertados, todos agentes penitenciários. A operação foi uma ação integrada das secretarias de Segurança Pública e Administração Penitenciária.
No total, 4.119 presos se rebelaram. Os criminosos destruíram parte das três unidades, fizeram 19 funcionários reféns e mataram um preso. Outras seis pessoas ficaram feridas, incluindo dois agentes.
A Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) não admite, mas presos confirmam que os motins ocorrem em solidariedade a Marcos William Herbas Camacho, o Marcola, líder da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital). Ele foi responsabilizado pelas mortes ocorridas durante os atentados e homicídios de policiais e civis comandados de dentro do presídio no mês passado.
Os integrantes da facção criminosa temem que seus chefes sejam transferidos para a penitenciária federal que será inaugurada em Catanduvas, no Paraná, ainda neste mês.