O Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) da Prefeitura de São Paulo vai instalar nos próximos dois anos microchips de identificação em 480 mil cães e gatos. A meta é aplicar 20 mil chips por mês. Neles há informações como sexo, idade, histórico de vacinas, dados do proprietário e castração.

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Até então, apenas os animais que chegavam ao CCZ recebiam os chips. Segundo a veterinária da instituição Tamara Leite Cortez, o objetivo é manter um controle sobre a população de animais da cidade, estimada em 3 milhões, e evitar a proliferação de doenças como febre maculosa. “Esse controle é importante para verificarmos se nossas ações estão sendo eficazes. Com microchips conseguimos avaliar como estão os animais de determinada região, se a população cresceu, se eles estão doentes”, explica Tamara.

Os primeiros 120 mil chips chegaram em setembro e começaram a ser colocados nos cães e gatos no CCZ neste mês. Agora, para a implantação nos animais fora do centro, a escolha dos locais ainda está sendo definida. “Trabalhamos com o controle de doenças. Se verificarmos que determinada área está com uma doença que precisa ser controlada, vamos lá e aplicamos os equipamentos. Passado um período, voltaremos à região e verificaremos se o problema foi solucionado”, explica a veterinária do CCZ.

Segundo Tamara, o microchip também ajuda a prevenir maus-tratos e abandono. “Se um animal é abandonado, o dono pode ser processado por negligência, além de receber uma multa que pode chegar a R$ 500 mil.” A identificação de animais roubados – como os 60 yorkshires e malteses levados de um canil em Americanópolis, na zona sul de São Paulo, no dia 28 – também ficaria mais fácil. “Se o animal aparecer em um pet shop e o proprietário verificar o chip, conseguirá saber sua origem e localizar o dono.”

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Do tamanho de um grão de arroz, o microchip é implantado entre as escápulas (ossos das costas) do animal. O procedimento é simples e indolor. É como se o animal estivesse sendo vacinado. Uma seringa de calibre pequeno introduz o chip sob a pele do animal. Ele dura a vida toda. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.